
A realidade é sofrível e estamos longe do ideal. Um planejamento que comece nas bases da educação é imprescindível. O esporte por aqui anda muito desvalorizado, mas claro, com exceção do futebol, que continua popular. E olha que mesmo com o futebol sendo tão valorizado, se ganhássemos o Ouro, diriam que não foi mais que a obrigação dos jogadores, por isso a prata que conquistamos parece não ter valido nada. Em contrapartida, a prata do Vôlei masculino, por exemplo, foi muito mais aplaudida do que a mesma prata do futebol masculino...
E para você que se queixou dos resultados brasileiros em Londres, saiba que nunca antes, na história da participação brasileira nos jogos Olímpicos, havíamos conquistado 17 medalhas no total, ou seja, em Londres conquistamos o nosso melhor resultado. Chega até ser irônico, pois este é um resultado inexpressível. Veja, pois, o que disse o presidente do COB (Comitê Olímpico Brasileiro), Carlos Arthur Nuzman, após o término dos jogos: “Para Londres realizamos a melhor preparação da história, com uma oferta de serviços igual à das grandes potências” e em contrapartida, disse que: “O COB veio para Londres com uma expectativa realista, que era conquistar um número de medalhas próximo ao que foi obtido em Pequim. O resultado final foi dentro do esperado e está de acordo com o planejamento do COB para os Jogos Olímpicos Rio 2016”. Em outras palavras, o resultado final já esperado pelo COB, é também consequência do planejamento tardio que iniciaram. Por mais que tenha sido a melhor preparação da história brasileira nos jogos Olímpicos, os resultados não serão refletidos de uma hora para outra: chegar ao mesmo nível que grandes potências esportivas como a China e os Estados Unidos não será fácil, tendo em vista que o resultado numa competição esportiva é mais do que o número de medalhas conquistadas; é o resultado da eficiência esportiva de um país; é a consequência da estrutura e da qualidade em que o atleta está inserido.
Agora compare o desempenho do Brasil nas Olimpíadas de Pequim em 2008, e em Londres 2012 (Quaisquer semelhanças são meras coincidências), e em seguida, tire sua própria conclusão:
Fonte : Site uol.com.br |
Desempenhos como esse acima ofuscam os esportes que foram medalhistas, como o judô; e faz com que o Brasil continue sendo o país do futebol, ou que ,pelo menos,dê valor somente a ele. A Prova disso é quantos “Neymares” estão nascendo e quantas “Sarah Menezes” vão nascer. Frustrações, decepções e tantos outros sentimentos são inerentes ao homem, principalmente no mundo esportivo, mas enquanto esperarmos por um único motivo para se orgulhar da nossa nação, de nada adiantarão as queixas e as reclamações.
Por fim, deixo aqui os meus parabéns a todos os atletas que conquistaram medalhas e àqueles que tentaram conquistá-las, pois não apenas “lutaram” contra adversários de tantas tradições esportivas, mas contra a falta de apoio, incentivo e estrutura que encontram no seu próprio País.
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