Estar atento às questões e aos temas nacionais é um importante passo para se chegar a uma análise mais detalhada dos fatos que ocorreram e continuam ocorrendo na atualidade, é uma questão de percepção na formação de nossas opiniões e julgamentos dos mais variados temas, aos quais, estamos expostos no dia a dia. Fugir dos fatos ou ignorá-los nos causa uma ignorância profunda ao ponto de chegarmos a pensar que isso não nos importa, ou é irrelevante, até porque temos assuntos outros mais importantes. Para bem escrever, além do domínio da norma culta padrão da língua portuguesa, é preciso estar antenado aos acontecimentos que passam despercebidos diante de nossos olhos, e a todo o momento, formando nossa opinião sobre o assunto. Aí está o segredo, toda e qualquer informação pode nos ser útil, em alguma medida, na articulação de ideias, ideias essas que continuam movendo esse mundo moderno, afinal escrever é uma arte e envolve muito conhecimento dos fatos reais, atuais ou não.
Vejamos o caso do mensalão ocorrido em 2005, cujo julgamento se iniciou em 02/08 deste ano, o que está em julgamento além da credibilidade do STF (Supremo Tribunal Federal) são os atos e as formas de corrupção em todas as esferas públicas e privadas em qualquer sociedade. A facilidade e o jeito rápido de se dar bem, às custas do dinheiro público, que não pertence a ninguém, tem demonstrado ao longo da história tais atos de traição. Judas traiu o seu mestre por alguns trocados e o reconhecimento da sua pessoa, rolou até um beijo de despedida no rosto, enfim “os fins justificam os meios”. Tal frase se tornou justificativa para toda e qualquer ação justa, ou não, e o dinheiro não contabilizado utilizado e distribuído por Delúbio Soares nos bastidores do governo anterior a este, não é um ato de corrupção apenas um erro justificável e assumido pelo réu, ao todo são apenas 38 envolvidos no esquema, sem nenhuma ligação agindo por conta própria, “acreditem nisso”.
São vítimas das circunstâncias, meros atores agindo em favor das alianças políticas sólidas, garantindo assim a governabilidade justa de um país, a custa de alguns trocados, nada que a sociedade venha reclamar, até porque política é uma sujeira só e quero estar fora dessa, esse é o principal pensamento justificável para alguém fazer aquilo e da forma que quiser, já que não me importo.
No
primeiro dia do julgamento, após sete anos passados, acreditem está na mídia,
foi pedido o desmembramento do processo Mensalão pelo membro do Supremo
Tribunal Federal, cujo nome é difícil pronunciar (Ricardo Lewandowski), a
pedido do advogado Márcio Thomaz Bastos, defensor de um dos réus. Em seguida Joaquim Barbosa (membro
do Supremo Tribunal Federal) entra em cena e ação....
“Me causa espécie” - Joaquim
Barbosa a Lewandowski.
“Volto a dizer, o ministro
Lewandowski colocou em questão a legitimidade dessa Corte” – Joaquim
Barbosa.
“Sugeri (antes) o
desmembramento. Fui voto vencido” – Joaquim Barbosa depois do voto de Lewandowski.
“O desmembramento (de
processos) tornou-se prática corriqueira na Corte” – Ricardo
Lewandowski.
“Estamos diante de um fato novo
ainda não expressada nessa Corte. Essa Corte precisa revisitar a matéria (o
processo)” – Ricardo Lewandowski.
“Isso é deslealdade” – Joaquim
Barbosa em resposta a Ricardo Lewandowski.
“Eu como revisor, farei a manifestação desde que
se faça necessário” – Ricardo Lewandowski.
“Por que não pediu há seis ou oito meses (o
desmembramento do processo)?” – Joaquim Barbosa a Lewandowski.
“É possível que uma sentença
dessa seja dada antes do juízo final. O eminente relator trocou o efeito pela
causa” – Márcio
Thomaz Bastos ao criticar o relator, o ministro relator Joaquim Barbosa.
Enfim, a corrupção bate à porta. Eis
a questão, deixá-la entrar ou manter a porta fechada.
Nenhum comentário:
Postar um comentário