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17 de set. de 2012

Entrevista Dr. Rock (Parte 3)


Bandas

Golpe de Estado: Uma das bandas que eu mais apresentei, tá certo que tem mudado a formação. Agora tá com o Dino Rocker (vocal) e o Roby Pontes (bateria). (M.C.R.: em breve eles vão lançar novo disco, que leva o nome de Direto do Fronte) Não tava sabendo. O Hélcio Aguira é um dos melhores guitarristas junto com o Nelson Brito, baixista. Eu tinha contato com o Kiko Müller (ex-vocalista da banda) e o Paulo Zinner (ex-baterista da banda), um dos melhores bateristas. O Roby Pontes tá muito bom no posto de baterista da banda! O Dino Rocker está muito bem, também. Apresentei eles no 2º Festival da Cultura Industrial de Santo André e não houve rejeição nenhuma, o pessoal canto junto e foi muito bacana. É a banda que mais apresentei até hoje e eles não me aguentam mais me ver (risos).  

Patrulha do Espação: Grande banda de Rock Progressivo. Parece que o Junior tá lançando um novo CD... (M.C.R.: Já lançou) Nem sabia. Ele deve estar morando em Brasilia. Um dos melhores bateristas do Brasil, faz um rock progressivo de primeira. É uma das minhas bandas prediletas e tenho muita a preço por ele, e graças a Deus ele também tem muito a preço por mim. É muito legal, nota 10.

Made In Brazil: A maior banda de rock do Brasil. Eles também tão cansado de estar presentes: o Oswaldo, Rick Vacchione, o Celso e todo pessoal. Acho que eles são os nossos Rolling Stones, me dou muito bem com eles e também me respeitam. É um privilégio ter eles como contato e várias vezes apresentei. Todos sabem que o Rick Vacchione é um colecionador de todos os itens dos Rolling Stones, então se alguem for perguntar pra mim "qual é a banda nacional que eu mais gosto de ouvir com certeza eu deireo que é o Made In Brazil". A banda faz rock n' roll de verdade! 24h por dia.

Casa das Máquinas: Não conheço eles pessoalmente. Foi um dos percussores do rock nacional em meados dos anos 70. É uma banda que se fixo, tem uma grande procura pelos seus LP's. E todo roqueiro tem que conferir o Casa das Máquinas, porque foi uma coisa diferente pra época e até um pouco agressiva, no modo de falar. Todo roqueiro tem que ter os discos do Casa das Máquinas.

Dr. Sin: Tive o prazer de apresenta-los na última passagem deles em Santo André. O Andria e o Ivan Busic são pessoas super humildes e fazem rock n' roll de verdade e um show ao vivo muito bom. Ainda continuam na ativa batalhando. Estou louco pra conferir outro show ao vivo deles, porque eles me atenderam com muita humildade. Parabéns para o trio.

Torture Squad: Apresentei eles no programa Na Rota do Rock. Eles são muito queridos. Eles abriram o show de uma banda a pouco tempo atrás... (M.C.R.: abriu para o Anthrax e o Misfits no último dia 16 de abril) Isso mesmo. A banda tem um publico fiel. E se você por em um lugar pra se apresentar, com certeza vai atrair muita gente. Torture Squad é uma banda de ponta!

Sepultura: Apesar das mudanças é o nosso ícone nacional. Se projetou daqui para o exterior e, também, tá projetando bandas daqui pra lá. É a pioneira do Heavy Metal brasileiro e nossa refêrencia. Quando se fala em rock pesado no Brasil, o que vem na cabeça é o Sepultura. Apesar que outras bandas estão no mesmo nível.

Krisiun: Tive o prazer de apresenta-los 3 vezes, gente muito bacana! É uma banda que, também, tem um público muito grande e está fazendo um grande trabalho no exterior. Acho que já voltaram e, me parece, que eles vão tocar no Central Rock Bar em breve, vale a pena conferi-los.

Viper: Não deu pra ir no show, que foi com o André Matos no vocal. O show foi no Central Rock Bar, inclusive. Era a banda que todo mundo tava querendo de volta, teve um público muito bom e fizeram um show de primeira. Foi bom eles voltarem, porque que nem eu falo: precisamos fomentar o Rock, seja qual for as suas vertentes. Principalmente o rock pesado, que tem o público muito fiel.

Angra: Outro que tem grande público, até um pouquinho mais que o Viper, na minha concepção. É uma grande banda e tem que estar na ativa tocando, porque onde o Angra vai tocar a meninada vai atrás, e eu tenho muita fidelidades aos fãs do Angra.

Korzus: Nunca tive oportunidade de apresentar, mas eu gostaria. Eu só vi um clip que foi rodado do Numeral de Rio, que eles fizeram aqui no ABC. É uma puta de uma banda e também tem um público muito bom, mas eu não conheço eles pessoalmente. Estou louco pra ver um show deles ao vivo, porque nunca assisti.

King Bird: Do Silvio Lopes? (M.C.R.: Correto!) Pessoal muito bacana! Eu cheguei a apresentar eles no Kazebre Rock Bar no ano passado, se eu não me engano. É uma grande banda. O João Luiz (vocal) e o Silvio Lopes (guitarra) são pessoas nota 10.

Carro Bomba: Todos dessa banda são meus brothers (risos). Nossa, eu conheço gente pra caramba! Eu estou com 55 anos, mas meu HD tá sem parar (risos). É uma das grandes bandas paulistanas ao lado do Tomada, do Ricardo Alpendre. Vendo eles tocando você é remetido aos anos 70. Eu os adoro.

Baranga: Banda muito legal. O Paulão é um puta de um baterista! Quem acha que elogia muito ele é o Vitão Bonesso, que se dão muito bem. "O Paulão, eu tô muito por dentro das coisas hein... eu não sou o Leão Lobo do rock, mas tô por dentro (risos)". Uma puta banda, que também segue o mesmo caminho do Carro Bomba e do Tomada.

Almah: Tenho que ser sincero, mas eu nunca ouvi o som deles. Você sabe que o Edu Falaschi é puta profissional que não tem o que falar, mas tenho que ser sincero nas coisas porque não conferi o trabalho. Foi bom até você me dar o toque pra mim poder ir atrás. (M.C.R.: foram 3 discos lançados, sendo que 1 foi como trabalho solo do EF e os outros 2 como banda) É tanta coisa que passa por batido... Mas não posso descer meus comentários sobres eles porque não conheço. (M.C.R.: agora que ele saiu do Angra, ele vai se concentrar exclusivamente ao Almah) Muito bom. E também espalhar a braza pelos meios de comunicação pra saber aonde vai ter show da banda.

(M.C.R.: você concorda com a declaração em vídeo dele dizendo que o Heavy Metal nacional está morto?) Não está morto. Não vejo assim, porque ai ele já tá sendo um pouco radical. Eu falei no inicio da entrevista que o Rock está em baixa, essa palavra seria a mais correta. Existi shows de Heavy Metal por ai, como eu apresentei em SBC. Mas tem aquele pessoal que não tá naquelas alturas. Quando você fala morto é porque não existi mais. Talvez seja pelo modo de falar, o morte pode ser o morto vivo, sem criticas ao que ele dize. Se me perguntassem, eu falaria: estamos em baixa e precisamos fomentar a cena. Essa é a minha visão. Morto é como se tivesse acabado, mas não acabo.

Pastore: Vem fazendo um grande trabalho, eu não conheço ele pessoalmente. Parece que o CD dele tá fazendo sucesso no exterior. Acho que ouvi 1 ou 2 músicas dele e que tá sempre divulgando o trabalho da banda dele, Pastore. Pelo que eu vejo, sem conhecê-lo pessoalmente, é uma pessoa batalhadora, não se entrega e é muito humilde. Estão com 2 trabalhos muito bons e foram mostrar lá no exterior e me parece que, aqui, o pessoal já tá começando a conhecer a banda. Só de ver ele no mundo virtual eu já gostei dele.

Lojas de discos da Galeria do Rock

Barotos Afins: Não conheço o Luiz Calanca pessoalmente, só pela TV. Nem virtualmente e nem em redes socias. Só posso dizer que ele ajuda muitas bandas, reeditou LP's. Ele é muito, vamos dizer assim, conhecedor do que ele fala e conhece muita coisa. Eu tenho que aprender com ele. A loja dele é a melhor que tem na galeria, tem cada coisa ali que, às vezes, da até medo de entrar, porque você sai sem dinheiro pra voltar de ônibus, pagar o ticket do carro e da gasolina. O Marcelo Nova elogiou muito ele quando entrevistei, porque ele sempre da grandes oportunidades para as bandas. Não deu certo de ele me aceitar no Facebook porque, talvez, ele não me conheça. Então ele só deve aceitar pessoas que conhece, mas uma hora ele vai me conhecer e vai saber do que estou tratando virtualmente.

Die Hard: Não conheço o Fausto. Outra coisa é que eu não vou na Galeria do Rock com frequência: trânsito, gasto com dinheiro e o pra lá e pra cá. Hoje não tenho mais comercio. Aposentado, então, tem que pensar na hora de comprar, porque tenho uma mãe para sustentar com assistência médica. Só conheço a loja Die Hard, que tá na ativa e pelas propagandas que eles fazem no Poeira Zine, do Bento Araújo, e tentanto se segurar ai. Acredito que tem muita coisa boa lá, mas não conheço o Fausto pessoalmente. Todo sucesso pra ele e, pelo que eu vejo, intuitivamente, que eu sou canceriano e nasci no mesmo dia que o Raul Seixas (28 de junho). E tenho certeza que ele é um puta batalhador.

Animal Records: Não conheço o Carlos pessoalmente, também, e pela baixa frequência que não compareço a Galeria do Rock. A loja continua na ativa e, quando vem em mente essas lojas - a Die Hard, Aqualung e a Hellion Record, que sempre da oportunidades a bandas de Thrash Metal. Parabéns pela Hellion. Eu não vou pra Galeria do Rock por falta de vontade, porque sair de Santo André e ir pra lá demora. Mas, quando eu pintar lá, vou gastar meu dinheiro. E no momento não posso! Você não quer gastar, deixe o cartão de credito em casa.

Loja de discos e camisetas da região do ABC

Metal Cds: Eu e o Jean noís somos brothers, da banda Montanha junto com o Vinicius Castelli (guitarra). É uma loja referência daqui do ABC, não é porque eu tenho amizade com eles. Esse eu posso dizer que é um puta cara humilde, puta de um músico e uma puta loja. Gosto dos filhos deles, que o Jonathan e o Jimi, que tem uma loja de roupas no lado. Se você quer procurar alguma coisa e não ir pra SP, o Jean tem na Metal Cds. Falou aonde comprar alguma coisinha aqui na região, pensou em Metal Cds. É o que tem mais itens de rock e, inclusive, LP's, CD's e DVD's.

Bares

Manifesto Bar: Esse eu não cheguei a apresentar, conheço só de nome. Eu sei que da oportunidades para as bandas. Quem tá dando oportunidades para as bandas e tentando levantar o Metal nacional, ou qualquer outras vertentes, eu do os parabéns.

Blackmore Rock Bar: Eu fui uma vez lá pra ver o Vitão Bonesso tocando com a banda Electric Funeral (a Black Sabbath tribute band). Foi muito legal. Já faz bastante tempo que eu fui lá. O VB é um puta baterista e uma grande figura. Achei muito bacana, vale a pena conferir.

Kazebre Rock Bar: Esse eu posso descer comentários, porque fui apresentador de lá durantes 8 meses. Eu conheci muitas bandas nacionais, algumas internacionais como P.O.D e Asessino. Apesar que toca muito cover, a verdade é essa. Bandas com trabalho próprio é difícil, praticamente nulo. No Kazebre eu fui muito bem tratado, aprendi muita coisa, aprendi o que fazer e o que não fazer. Foi um escola pra mim e tenho que agradecer a todos os proprietários. Muito obrigado a eles, porque foi uma somátoria para o meu currículo como apresentador.

Central Rock Bar: A de rock seixas ao amor. Na última vez que eu estive lá eu apresentei os Velhas Virgens. O Paulão é outra grande figura. Eu sou muito bem tratado e tenho o maior carinho com a Edy. É um barzinho que tá lutando a cada dia, a Edy é uma batalhadora e uma canceriana como eu, que fiquei sabendo, que nasceu entre o dia 22 ou 23 de junho. E é um 'point' que da oportunidades para as bandas, tá trazendo muita coisa boa e só ta melhorando a cada dia. Parabéns a Edy, no fundo do meu coração, e vale a pena conferir o Central Rock Bar. Vai ter muita coisa legal em breve e estou achando que o Korzus vai tocar por lá...

Festivais

Rock In Rio: O melhor de todos foi o de 1985, aonde que começou tudo. O RIR agora virou uma marca, mistura tudo com outros estilos, mas sem desmerecê-los porque tem muita gente boa. E se perguntarem o que eu ouço fora do rock, eu falo que eu não compro os disco da Ivete Sangalo, Claudia Leite que, apesar de não fazerem rock. são ótimas do que fazem. Tem gente que não gosta de rock, não gosta de thrash metal... todo mundo tem o seu gosto, mas é muita misturada e isso perde um pouco da essência. É uma marca, o Medina não tem culpa! Deu certo e continua com o nome. Mas se é Rock In Rio, me desculpem, muda de nome e põem outros estilos. Perde um pouco a essência. Mas eu só posso elogiar o de 1985 que o foi 'estopim' de todos.

Wacken Open Air: O WOA vai muita gente e tenho muito amigos meus que vão pra lá. Posso dizer que é Heavy Metal puro! E você sabe que você vai ver Heavy Metal, Thrash Metal, Harcore misturado com um pouquinho de punk. Mesmo que você não conhece a banda, você vai estar ouvindo aquele estilo de som. Esse é o festival que tá pegando muito bem, eu tenho amigos que vão conferir lá direto. Se eu tivesse dinheiro, eu ia (risos).

Sweden Rock Festival: Para ser sincero, não me lembro dele... Já algum tempo que têm? (M.C.R.: há 20 anos os festival acontece anualmente) Pra você vê como a gente se perde pelos acompanhamentos. Sem conhecimento de causa, eu não posso falar nada sobre ele, mas se isso já tem à 20 anos, me passou por despercebido. É tanta coisa que tem na minha cabeça, desde rockabilly e festivais que apresento por ai é complicado. Esse me passou por batido. Já que to apredendo com você, eu vou atrás.

Hellfest: Já ouvi falar, mas não cheguei a acompanhar, e também não posso dizer o que foi feito lá. Assim como Wacken, que sei as bandas que foram tocar no festival. É divulgado no programa Stay Heavy, do Vinicius Neves, e que está sempre fazendo a cobertura do Hellfest. Como eu acompanho esse programa, ficamos sabendo do que acontece. E se não fala, a gente passa por despercebido.

Muito obrigado pela entrevista! Se não fosse esse evento que a Milla Sebos esta organizando, eu não teria essa oportunidade de bater esse papo. Deixo todo espaço pra dizer o que quiser para os leitores.




Agradeço pela entrevista, muito dinâmica e bem rápida. Gostei muito da sua performance. Eu gostaria que as bandas se unissem quando tiver show e que as pessoas fossem no show. E vou dar uma puxadinha na orelha: roqueiro, quando uma banda tocar e você termino de tocar no palco, sai e assista a outra banda, porque assim o público também não vai embora e eles ficam presentes. E as bandas também não irem embora, porque a gente tem que mostrar que tem público, já que hoje as bandas acaba de tocar, pegas as coisas e vai embora. No exterior não é assim, as bandas terminam o show e ficam juntas assistindo as outras, esse é o toque. De repente você vê uma banda de lá e fala: "Puxa, eu não faço isso. Eles fizeram uma coisa boa, mas eu vou melhorar". Então a banda pode aprender e, também, o público roqueiro conhecer a outra a banda. A banda acabo de tocar e vai embora? isso é errado! Ou a gente se une, porque nos estamos em baixa, e vai ficar mais baixo se não seguir essa linha. Morrer, não vai. Então, roqueiro, vamos se unir; bandas, acabo seu show, assista a outra. Roqueiros, não vão embora! Assista o show até o final, porque você vai gostar e vai  aprender alguma coisa. E vamos colocar a bandeira do rock no seu mais alto possível, 
muito obrigado.

Por Gabriel Arruda

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