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4 de out. de 2012

Entrevista com Zilá de Souza

Entrevista com Zilá de Souza, diretora da Escola Estadual Marlene Camargo Ribeiro.

1) Quando a senhora decidiu que queria trabalhar no ramo da educação?
"Comecei em 1988 e escolhi este ramo, pois comecei a dar aulas e gostei, achei que era uma coisa viva, uma área que lidava com gente, pois antes trabalhava com papéis e depois passei a lidar com gente, que é bem melhor".

2) A senhora sempre seguiu o ramo de direção ou já foi coordenadora ou professora?
"Primeiro fui professora durante 10 anos, depois fui diretora".

3) Em sua opinião, qual destas áreas possui mais dificuldade?
"Direção, pois você lida com vários segmentos da escola e como professor você lida mais com o aluno e os pais. Na direção você tem que lidar com funcionários, com recursos financeiros, com questões pedagógicas e com questões de relacionamento".

4) Quais são as dificuldades em dirigir uma escola como o Marlene?
"Primeiramente pelo tamanho e pela quantidade de alunos e professores, pois sendo uma escola grande dá muito mais trabalho do que uma escola pequena, você tem tudo em dobro. Aqui nós temos o Centro de Línguas que foi algo que é um orgulho, sinto muito prazer em oferecer isso para os alunos, já que fora o curso é caro, porém é algo que dá trabalho. É uma escola de idiomas que funciona dentro do Marlene, então isso requer um trabalho e uma tensão redobrada por parte da direção principalmente para que as coisas aconteçam de maneira adequada".

5) Se não fosse diretora, gostaria de seguir qual outra profissão?
"Talvez fosse estilista, pois gosto de desenhar modelos, costurar... gosto e sei (risos)".

6)
O que a senhora está achando do projeto ‘Jovem de Futuro’?
"Primeiramente fui eu que escolhi participar, com a ajuda do conselho de escola. Escolhi o projeto
pois acho que a ideia é boa, têm muito a contribuir ao aluno, principalmente na questão da motivação do aluno vir para escola e aprender".

7) Sabemos que a escola recebeu uma verba para realização do projeto, onde a verba está sendo empregada?
"A verba que a escola recebeu está sendo utilizada para a compra dos materiais que estão sendo utilizados e no andamento dos projetos que cada professor idealizou".

8) A senhora sabe quais são as outras escolas em Mauá que estão realizando o projeto? A senhora têm ideia de como elas estão se saindo?
"Além do Marlene, são três outras escolas em Mauá, e outras que são de Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra. Todas são escolas que possuem o Ensino Médio, que também optaram em acreditar no projeto. Todas as escolas estão encontrando dificuldades, pois é o primeiro ano do projeto em todas elas e nós estamos lidando com questões não só pedagógicas, mas que são de ordem financeira e de ordem legal, e tudo isso nos deixa um pouco apreensivos, porém ao mesmo tempo todos estão realmente empenhados, quando vamos às reuniões percebemos que todos os diretores, coordenadores, têm vontade de continuar com o projeto e ver os frutos disso, assim como eu. Só vou ficar feliz quando ver o resultado do aproveitamento dos alunos, ver os resultados do ENEM, do Saresp, etc.".


9)
Quanto tempo o projeto vai durar?
"O projeto vai durar três anos. 2012, 2013 e 2014".

10) Quais são os seus hobbies favoritos?

"Gosto de filmes, se não posso ir ao cinema assisto todos em casa, gosto de ir para academia, adoro ir à praia, porém nem sempre posso ir, mas quando surge uma oportunidade, eu vou! Gostaria de morar ao lado da praia (risos)".

11) Uma frase pronta, ou uma sua que te inspire.
"Para mim, Paulo Freire idealizou uma forma diferente de entender a educação. A educação sendo algo significativo para o aluno".

12) A maioria dos alunos não conhecem realmente a diretora de nossa escola, essa é a oportunidade que a senhora têm de descrevê-la. Zilá por Zilá.
"Sou uma pessoa extremamente organizada, sou até certo ponto chata, gosto de tudo muito perfeito, muitas vezes sofro com isso, pois nem sempre dá pra fazer as coisas perfeitamente, nem sempre o professor é perfeito, nem sempre o funcionário é perfeito, aqueles que trabalham comigo de certa forma acompanham o meu ritmo, então isso me causa um pouco de conforto. A burocracia é muito grande, são muitas coisas para serem feitas, e eu sou o centro, a gestora, então por obrigação tenho que ter algumas ideias e tentar fazer com que as pessoas sigam minha ideia ou então que elas tenham ideias próprias!. Minha mesa é sempre cheia de papeis, sempre tenho coisas pra fazer e eu procuro sempre se centralizar e delegar ‘poderes’ para os funcionários, e estes resolvem coisas baseado naquilo que vejo melhor para a escola. Também delego ‘poderes’ aos coordenadores da escola e do Centro de Línguas, eles me perguntam quais ações tomar, como devem agir. Na questão de relação entre alunos e professores os vice-diretores são os responsáveis por averiguar, pois já tenho tarefas demais para cumprir e não poderia acompanhar tranquila, porém quando os coordenadores e os vice-diretores não conseguem resolver, o problema chega a minha sala, quando isso acontece o caso é bastante grave (risos)".

Jonathan Olavo e Amanda Rodrigues

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