Do nosso conhecimento, há três obras de destaque, publicadas, que versam sobre a história de Mauá e da Região do Grande ABC, que são: “Mauá... Sua História”, de Roberto Botacini, Editora Cambridge, Ribeirão Pires; “De Pilar a Mauá”, do jornalista e historiador Ademir Médici, realização da Prefeitura do Município de Mauá (Fundo de Assistência à Cultura), colaboração de empresas do Município, 1986; e “História da Literatura em Santo André, Um ensaio através do tempo” de Tarso M. Melo, Edições Alpharrabio, 2000. O primeiro dos livros aqui citados dá uma leve pincelada sobre a história de Mauá, sem aprofundar-se muito em cada assunto e teve a preocupação de citar os nomes das famílias, que formaram a população mauaense. “De Pilar a Mauá” trata da memória histórico-social do Município, enfocando alguns aspectos culturais, como a preservação do Casarão (hoje Casa da Cultura e Museu Barão de Mauá); a formação da Corporação Musical Lira de Mauá (conhecida por Banda Lira) e a existência de um grupo musical chamado “Os Quatro Bias e Um Cigarro”. Muito embora o Colégio Brasileiro de Poetas estivesse atuando culturalmente na provinciana Cidade da Porcelana, há quase dez anos, quando da publicação dessas duas primeiras obras citadas, nada fora dito por esses dois autores. E na “História da Literatura em Santo André, Um ensaio através do tempo” , a despeito do material de pesquisa em disponibilidade e dos subsídios por nós fornecidos, O Colégio Brasileiro de Poetas, de Mauá, e alguns remanescentes, foram enfocados sutilmente.
É necessário esclarecer ao leitor, que Aristides Theodoro, ao escrevinhar essas Manifestações, não teve a petulância de querer abranger toda a História Literária da cidade e esgotar o assunto, mesmo porque a ênfase do trabalho recairá naturalmente sobre o que ele vivenciou e presenciou mais de perto, como é o caso da atuação do Colégio Brasileiro de Poetas - primeiro grupo literário de vida longa e repercussão inegável, na região do Grande ABC - o qual ensejou o surgimento de vários outros grupos, a exemplo do Livre Espaço de Poesia, de Santo André, e do Letra Viva, de Guarulhos, este último formado pelo poeta Castelo Hansen.
Concluímos que a persistência é uma das mais poderosas ferramentas de luta e por isso cá estamos a preservar essas memórias, que também ajudamos a construir.
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Por Jéssica Silva
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