Por muito tempo, as mulheres
brasileiras foram influenciadas pela cultura, moda e hábitos europeus. Quem não
se lembra de Sofia, personagem do romance Quincas Borba de Machado de Assis,
folheando as publicações francesas buscando inspiração para os seus modelitos?
Pois
é, mas de lá para cá, os brasileiros ganharam autonomia em diversos setores,
inclusive na moda.
Hoje,
com uma ajudinha da globalização, os
produtos brasileiros fazem sucesso lá fora. Um exemplo dessa inversão
são as nossas famosas sandálias de borracha Havaianas. Antes usadas para lavar
os quintais brasileiros, elas ganharam versões moderninhas e possuem lojas nas
principais capitais mundiais – capitais mundiais da moda, inclusive. É chique
circular em shoppings, parques e outros lugares calcando seus descolados pares.
Mas
isso não quer dizer que deixamos de importar as influências externas. O mundo
vive uma troca de informações sem limites. O que os europeus ou os americanos
usam da cabeça aos pés, logo serão vistos nos corpos brasileiros. E não há nada
de ruim nessa troca.
O
conceito de moda também tem sofrido alterações. Se antes misturar estampas e
cores era exclusividade dos bregas de plantão, hoje é comum entre aqueles que
se auto intitulam discretos.
Essa
é a beleza da moda! Poder expressar seu
estado de espírito através de suas roupas sem se preocupar tanto com o
politicamente correto. A moda funciona como um elemento de comunicação: com as
minhas roupas posso falar. Digo, por exemplo, a que tribo pertenço, quais são
meus gostos musicais, como estou no dia, etc. Afinal de contas, a moda é uma
forma de se expressar e de se integrar ao mundo.
Por Marcia Scarpa
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