Parece não ter fim os fatos
que ocorreram e continuam se repetindo na história da humanidade, os agentes
agora são outros, mas os motivos continuam sendo os mesmos, disputas pelo
controle e poder de uma nação, da sua sociedade e demonstração de poder para
com a comunidade internacional. O preço disso tudo tem sido alto demais para a
continuidade e garantia da promoção da segurança e da paz mundial. Os prejuízos
são medidos não apenas em milhões de dólares ou euros, mas no custo do capital
humano principalmente, vidas e sonhos interrompidos repentinamente e sem
perspectivas de melhora à curto prazo. Os únicos sons que se ouvem em Aleppo
são os dos caças e das bombas que caem a todo o momento sobre a cidade, os
alvos são os rebeldes que querem se libertar do governo, mas os atingidos
realmente são os civis que tentam se proteger.
Vidas curtas marcadas pelos
conflitos do qual não escolheram fazer parte, Bashar al Assad insiste em dar
continuidade a uma batalha há muito perdida. Na verdade a guerra civil tomou
dimensões internacionais, de um lado Estados Unidos e Turquia dão apoio logístico
e militar aos rebeldes e do outro China e Rússia armam as forças de apoio ao
governo, em um verdadeiro jogo geopolítico de dominação. Em Aleppo nada vai bem, a cidade está sitiada
e em ruínas, as execuções são sumárias de ambas as partes no conflito, ao ponto
de o mediador da Liga Árabe e da ONU para a crise na Síria, Kofi Annan ter
abandonado a missão, é uma pena, pois qualquer esperança de conciliação deixa
de existir neste momento, e o conflito continua sem a
menor chance de uma solução pacífica por enquanto.
Novamente, a demora nas
tomadas das decisões e das ações em conjunto envolvendo a ONU e toda a
comunidade internacional, tratando o assunto como uma questão que deveria ser
resolvida internamente, deu tempo o suficiente para que tomasse tais
proporções. O fim desse episódio já o conhecemos, Bashar al Assad será
derrubado, assim como foi na Líbia com Muamar Kadafi, e os efeitos dessa guerra
serão sentidos ainda por muito tempo e com grandes estragos para a Síria.
Por: Rogélio S. Batista
O acampamento administrado pela ONU,
na fronteira com a Síria, já atendeu a 6 mil refugiados até agora
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