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13 de set. de 2012

Violação dos Direitos Humanos na Síria


Parece não ter fim os fatos que ocorreram e continuam se repetindo na história da humanidade, os agentes agora são outros, mas os motivos continuam sendo os mesmos, disputas pelo controle e poder de uma nação, da sua sociedade e demonstração de poder para com a comunidade internacional. O preço disso tudo tem sido alto demais para a continuidade e garantia da promoção da segurança e da paz mundial. Os prejuízos são medidos não apenas em milhões de dólares ou euros, mas no custo do capital humano principalmente, vidas e sonhos interrompidos repentinamente e sem perspectivas de melhora à curto prazo. Os únicos sons que se ouvem em Aleppo são os dos caças e das bombas que caem a todo o momento sobre a cidade, os alvos são os rebeldes que querem se libertar do governo, mas os atingidos realmente são os civis que tentam se proteger.

Vidas curtas marcadas pelos conflitos do qual não escolheram fazer parte, Bashar al Assad insiste em dar continuidade a uma batalha há muito perdida. Na verdade a guerra civil tomou dimensões internacionais, de um lado Estados Unidos e Turquia dão apoio logístico e militar aos rebeldes e do outro China e Rússia armam as forças de apoio ao governo, em um verdadeiro jogo geopolítico de dominação.  Em Aleppo nada vai bem, a cidade está sitiada e em ruínas, as execuções são sumárias de ambas as partes no conflito, ao ponto de o mediador da Liga Árabe e da ONU para a crise na Síria, Kofi Annan ter abandonado a missão, é uma pena, pois qualquer esperança de conciliação deixa de existir neste momento, e o conflito continua sem a menor chance de uma solução pacífica por enquanto.

Novamente, a demora nas tomadas das decisões e das ações em conjunto envolvendo a ONU e toda a comunidade internacional, tratando o assunto como uma questão que deveria ser resolvida internamente, deu tempo o suficiente para que tomasse tais proporções. O fim desse episódio já o conhecemos, Bashar al Assad será derrubado, assim como foi na Líbia com Muamar Kadafi, e os efeitos dessa guerra serão sentidos ainda por muito tempo e com grandes estragos para a Síria.   

Por: Rogélio S. Batista


O acampamento administrado pela ONU, na fronteira com a Síria, já atendeu a 6 mil refugiados até agora

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