A palavra “reerguer” parece
estar cada vez mais presente entre os torcedores e o elenco palmeirense. O fato
é que, mesmo com a conquista da Copa do Brasil o Palmeiras ainda não convenceu
e o seu futebol continua sendo duvidoso e sujeito a muitas críticas e
questionamentos. O clube a partir de agora não só tem a missão de fugir do
rebaixamento para a série B, mas também de levantar o seu nome e a sua grande marca
esportiva que parece estar manchada.
O título da copa do Brasil foi muito festejado, afinal, o
último caneco levantado pelo time alviverde foi no campeonato paulista de 2008
e, mesmo assim, não é um título tão expressivo, tendo em vista que a última
libertadores conquistada foi 1999. Alegria, orgulho e um grito de alívio, a
copa que dá uma vaga a libertadores do ano seguinte estava ganha e finalmente o
Palmeiras poderia se reestruturar, reerguer-se e principalmente acabar com as
brincadeiras e chacotas enfrentadas ao longo desses anos difíceis. Mas não, não
foi assim! A Copa do Brasil teve seu lado bom, mas a meu ver parece mesmo é ter
escondido e desviado o foco da resolução dos problemas dentro e fora de campo,
que, por sinal, não são poucos. O drama palmeirense nesse brasileirão,
portanto, é reflexo do que foi prioridade do clube antes e depois da conquista
do título e de uma grave crise interna que já derrubou jogadores e treinadores
do mais alto nível.
A diretoria tem uma grande parcela de culpa por essa situação
caótica do Palmeiras. Um mau planejamento que resultou nesse time apático e de
baixa qualidade. Mas convenhamos, o treinador tem sim uma grande culpa quando o
time vai mal, assim como também um grande mérito quando o seu time vai bem. Mas
o Palmeiras comprovou que nem Muricy Ramalho, Luxemburgo e mais recentemente o
Felipão, treinadores que, diga-se de passagem, tops do mercado brasileiro, são
capazes de fazer milagres com esse time em mãos. E, lembrando, mesmo tendo suas
parcelas de culpa. E se não bastasse, o Palmeiras não poderá jogar em um
estádio da capital com o apoio da sua torcida, por alguns vândalos que se dizem
torcedores que quebraram o Pacaembu na partida contra o Corinthians. Não dá para acreditar!
Restando apenas oito rodadas para o término do campeonato,
ainda há chances matemáticas de o clube permanecer na série A, mas, com esse
time, fica difícil. A situação só piora o que já não é bom. O lado emocional da
equipe está afetado; a pressão é muito grande e que só faz diminuir a segurança
e a autoconfiança. Afinal, a adversidade faz com que os jogadores errem coisas
que normalmente não errariam, ainda mais estando na zona da degola em 18º e com
9 pontos separando o time do primeiro livre do z4 (16º), Bahia, com 35 pontos.
Ter a cabeça no lugar, contar com a sorte e com a força da torcida talvez seja as melhores coisas para o Palmeiras nesse momento, pois a batalha é árdua e a arrancada tem que ser histórica. O Fluminense em 2009 já mostrou que isso é possível e não podemos esquecer que a esperança, além de ser verde, é a última que morre. Reerguer-se depois de anos pífios não é nada fácil, e, daqui para frente, independente do que acontecer, que sirva de lição! “Infelizmente estamos colhendo o que plantamos” - Marcos, eterno camisa 12 palmeirense.
Gabriela Ribeiro
Rodrigues
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