De acordo com o
depoimento de Antonio Deldono, ex-canteiro em Mauá, o São João e as áreas
adjacentes nasceram com o crescimento da exploração de pedras, ainda no início
do século XX, ao longo do antigo Caminho do Pilar, depois denominando Estrada
das Pedreiras ou Estrada da Gruta e, hoje , avenida Barão de Mauá.
Na época eram muitas
pedreiras em atividade na região, rica em granito, utilizado principalmente na
confecção de guias e paralelepípedos. Entre tantas, destacava-se a de Raphael
Pellegrini, em funcionamento desde 1910, na área onde hoje estão o núcleo
habitacional do Kennedy e partes da Escola Municipal Cora Coralina.
Também merece referência,
nesse contexto, a Empresa de Estradas e Pavimentação Ltda.,em funcionamento na
grande área onde está o conjunto habitacional Pajuçara , em frente á atual
Unidade de Saúde de São João, ao longo da rua do Britador. Note-se que o
investidor, Lourival de Almeida, administrava concomitantemente a
“pedreirinha”, situada no atual Jardim Sílvia. Na década seguinte, inicia a
extração de pedras, no então Sítio Canadá, Antonio Matroni.
As pedreiras de Mauá, que
tiveram grande importância para a cidade a partir de 1910, também têm papel de
destaque para capital paulista. Ícones do patrimônio paulistano, como a
Catedral da Sé; o Monumento ás Bandeiras; o Obelisco, no Ibirapuera; o Museu do
Ipiranga; o Theatro Municipal e o Estádio do Pacaembu foram construídos, pelos
menos em parte, com a utilização do granito Mauá , extraído de pedreiras do
Município. Logo abaixo, você poderá observar as imagens que unem as histórias
de Mauá e de São Paulo.
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